quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Jane Austen

Livros são objetos fascinantes, que nos carregam pela imaginação a locais inexistentes e nos fazem questionar se a realidade não seria, na verdade, a grande mentira do universo. Eu adoro livros. Quando criança, por incrível que pareça, odiava, como eu chamava na época, "livros com muita palavra corrida", uma referência aos romances, novelas, contos, ou em outras palavras, tudo o que não fosse poesia. Ah, aquela rítmica, os sons, as brincadeiras com as palavras, a irreverência (algo que aparentemente eu nasci para adorar). Sei de cor algumas da Cecília Meirelles, Vinícius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade e Cora Coralina.

Com o passar do tempo, inevitavelmente, superei meu trauma de "livros com muita palavra corrida", e comecei a ler outros gêneros de literatura. O primeiro livro do qual tenho lembrança de terminar foi Quem roubou minha infância, de Maria da Glória Castro. Li Droga da obediência, de Pedro Bandeira, É proibido ser diferente, de Fernando Vaz, alguns do Jostein Gaarder, fora tantos outros. Eu percebi muito cedo que tenho gosto por romances de época, contos de fada, fantasia e ficção, livros que tenham personagens com os quais possa me conectar, que me façam sonhar com dias melhores, ou com os bons que já passaram.

Como muitas outras pessoas, conheci Jane Austen por conta da adaptação de 2005 de Orgulho e Preconceito pelo diretor Joe Wright, estreando Keira Knightley e Matthew Macfadyen. Nas tardes de quinta-feira eu costumava andar quase 30 minutos até a videolocadora no centro da cidade e alugar 3, 4 filmes para assistir durante o final de semana. Naquela semana Orgulho e Preconceito foi um dos escolhidos. Eu fiquei instantaneamente apaixonada pela história, pelos personagens, pelos diálogos, por tudo. Soube que havia um livro com o mesmo título e fui caçar o livro em todas as bibliotecas públicas da cidade. Infelizmente, mesmo em 2005, não era tão fácil quanto é hoje achar os livros da Jane Austen, ainda mais em uma cidade pequena como a minha. Acabei desencanando e o tempo passou. Eu consegui ler Orgulho e Preconceito apenas em 2007, quando consegui comprar uma versão barata em um sebo próximo a minha casa, na Rua Frei Caneca (região da Av. Paulista). Eu me apaixonei instantaneamente pelo livro, mas vida vem e vida vai, não fui atrás dos outros livros.

No final de 2011 topei em uma pesquisa na biblioteca da faculdade com Razão e sensibilidade e resolvi que era hora de voltar a ler Austen. Dessa vez a reação foi diferente. Durante 2012 li Razão e Sensibilidade, Northanger Abbey, Persuasão, Lady Susan e em 2013 Mansfield Park e finalmente, Emma. Minha paixão por Jane Austen só cresceu durante esse tempo. Eu assisti a famosa versão de Orgulho e preconceito de 1995, com Colin Firth como Mr. Darcy, Emma (1996), Mansfield Park (1999), Persuasion (1995) e outras adaptações dos romances, além de outros filmes relacionados a Jane Austen, como The Jane Austen Book Club (2007), Becoming Jane (2007) etc.



Nenhum comentário:

Postar um comentário